Só é necessário que você traga sua questão para ser constelada. Sua família NAO precisa estar presente. O próprio grupo, através dos representantes, se coloca a serviço do seu sistema familiar.

Trata-se de um método de trabalho sistêmico e fenomenológico criado pelo alemão filósofo, psicanalista e psicoterapeuta Bert Hellinger, considerado um dos pensadores, mas influentes do século XX e XXI, desenvolveu essa poderosa ferramenta terapêutica acerca das “Ordens do Amor” que permite uma compreensão profunda das dinâmicas e enredos familiares que geram danos e mantem os problemas que atuam e dificultam as relações.

Para saber mais sobre uma constelação o melhor é participar e experimentar o campo que gera as informações sendo representante ou participante. Ser representante vai depender das percepções que se tenha do momento, e somente ao participar se compreende melhor esse processo. Quanto a constelar necessita querer vivenciar o efeito profundo de algo que deseje mudar, e para isso uma conexão com um tema sistêmico precisa ser claro, só assim, a constelação tem a força necessária para a buscar da solução. Constela-se o que se quer alivio para o sofrimento psíquico ou para algo que se repete e produz sensações de angústias.

Constela-se todas as questões sistêmicas

Acontecimentos históricos ou traumáticos como: mortes prematuras, assassinatos, alcoolismos, falências, golpes familiares, separações conflitantes, sensações de desconfortos diante dos membros familiares e relacionamentos difíceis entre seus membros, pessoas que desejem ter um relacionamento harmonioso ou pessoas acometidas por doenças crônicas e que precisem tomar grandes decisões. Pessoas que desejem ter êxito na vida profissional que necessitem reestruturar seu ambiente de trabalho ou que passem por conflitos dentro das empresas ou instituições. O trabalho de Bert Hellinger revolucionou o conceito de indivíduo. Os “vínculos invisíveis” de uma família ou de um sistema tornam-se visíveis através de uma constelação.

O constelador intui e compreende as informações que se apresentam através do campo das ressonâncias – ou campo mórfico. Nada depende do terapeuta, mas de algo vem à luz através desse campo. É importante que o constelador perceba o que é essencial e necessário. A função do constelador é o de acompanhar o cliente no desenvolvimento da constelação. Orientando-se através do que capta na expressão verbal, corporal e emocional dos representantes, ajuda-os (facilitando) no desdobramento dessa expressão e na assistência aos movimentos de conciliação, procurando uma imagem de solução ao problema. Um constelador experiente atua como um médico experiente; de modo seguro e perspicaz, ele conduz aquilo que emerge. Uma constelação atua como uma cirurgia na alma da pessoa que foi constelada.

As constelações familiares é a projeção das imagens internas que a pessoa tem sobre as suas relações pessoais e sobre o lugar que ocupa nos sistemas relacionais. Ao permitir a exploração destas imagens internas, as constelações familiares conduzem à compreensão e à descoberta do sentido de padrões de repetições comportamentais os quais estão na origem que causaram limitações e obstáculos à realização pessoal. Aparece uma imagem sanadora que, através dos representantes, possibilita uma nova ordem ao que foi impedido de ser resolvido no passado e que no presente se manifesta como forma de sintoma ou dificuldades cotidianas.

A hipótese dos campos morfogenéticos (estudos da Física Quântica) ou padrões de repetições foi formulada por Rupert Sheldrake. Nas famílias, o campo serve como modelo para entender melhor o que acontece nas constelações. Precisamente naquelas áreas em que não conseguimos obter segurança acerca da “verdade” são úteis os modelos ou hipóteses para a explicação, compreensão e superação dos acontecimentos para quem deseja ser constelado.

O campo mórfico atua como uma memória na qual estão armazenadas todas as informações importantes do sistema, onde cada elemento faz parte do conjunto que está em ressonância com o todo. Cada parte desta estrutura, quer dizer cada membro deste sistema, participam do conhecimento do todo e de todos os acontecimentos relevantes. A essa memória, considerada a um “campo mnésico” do qual estamos permanentemente cercados, semelhante a um receptor de rádio que está rodeado de ondas onde capturamos as informações.

Uma vez encontrada a solução – aquela que é possível – as dinâmicas ocultas das famílias têm sua inteligência própria, que conduz a solução que é mostrada através das imagens que vem a toma numa constelação. Acontece paz e sentimento de que os impedimentos foram para o lugar da ordem. A mudança psicológica produzida pela constelação ocorre através da transformação das imagens internas.

Numa constelação, as pessoas que desejam constelar são orientadas a falarem o mínimo possível sobre o tema que vai ser constelado. Os representantes assumem o lugar dos familiares e auxiliam no surgimento de uma imagem que revela o que precisa ser visualizado. Mas, pode-se realizar também Constelações individuais.

Os representantes são as pessoas do grupo, tomadas para representar os membros de sua família. Elas são orientadas a permanecerem sem a intenção de ajudar, apenas sentindo em si mesmas o que estão representando. Assim, buscam um posicionamento no espaço em que a constelação ocorre, ocupando seus lugares de acordo com esta sensação interna. Uma vez dentro do campo, comportam-se e sentem-se como alguém que pertence a esse campo de força: sentem emoções, sentimentos e movimentos. Assim, o profundo emerge à superfície.